A Fundação BIAL manifesta profundo pesar pela passagem do Prof. Peter Fenwick, uma figura ímpar da Parapsicologia a nível internacional, amplamente premiada pelo seu trabalho sobre o processo da morte, incluindo consciência e experiências de quase morte.
A ligação do Prof. Peter Fenwick à Fundação BIAL teve início em 1995. O neuropsiquiatra e neurofisiologista integrou o Conselho Científico da Fundação BIAL durante 27 anos, foi palestrante em várias edições do Simpósio “Aquém e Além do Cérebro”, integrou, como bolseiro, quatro projetos de investigação científica e era, desde 2022, Embaixador da Fundação.
“As bolsas concedidas pela Fundação BIAL para a parapsicologia têm sido extremamente relevantes, uma vez que esta área é ignorada e subfinanciada pela maioria das entidades financiadoras. A Fundação BIAL permitiu-me avançar no meu trabalho com hospitais e estudar os detalhes do processo da morte”, declarou em 2022 quando se tornou Embaixador da Fundação BIAL.
Peter Fenwick nasceu no Quénia em 1935. Frequentou a escola secundária na Inglaterra e estudou Ciências Naturais no Trinity College, em Cambridge. Fenwick fez o seu estágio clínico no Hospital St. Thomas e graduou-se como médico em junho de 1961. Recebeu uma bolsa do Conselho de Investigação Médica para estudar eletrofisiologia e neurologia na Queen Square, a seguir mudou-se para o Hospital Maudsley e o Instituto de Psiquiatria, onde completou a sua formação psiquiátrica e, mais tarde, dirigiu as Unidades de Epilepsia e Sono.
Interessou-se pela eletroencefalografia e publicou vários artigos nesta área. Foi nomeado para a Unidade de Neurofisiologia Clínica do Hospital Especial de Broadmoor para criminosos violentos e esteve envolvido no caso Sullivan, que definiu a lei do automatismo e a esclareceu depois relativamente ao sonambulismo.
Peter Fenwick começou a meditar na época em que Maharishi trouxe a meditação para o ocidente e publicou muitos dos primeiros artigos científicos nesta área. O seu interesse pela parapsicologia decorreu do seu trabalho sobre consciência e experiências de quase morte, o que o levou a examinar o processo da morte. Recebeu inúmeros prémios pelo seu trabalho nestas áreas. Durante vários anos foi Presidente da Horizon Research Foundation, organização do Reino Unido que apoia a investigação em experiências de quase-morte.