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QI e o nível socioeconómico podem interferir na fluência de leitura das crianças?

Investigadores descobriram que QI não interfere com a disfluência da leitura em crianças, ao contrário do nível socioeconómico.

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Roedores reconhecem melodias musicais como os humanos?

Estudo revela que ratos têm sensibilidade para rastrear padrões harmónicos e temporais na música e que sensibilidades podem ser partilhadas entre as espécies.

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Pessoas mais produtivas à noite mostram maior aquisição de medo, o que pode aumentar risco de desenvolver ansiedade

Investigadores usaram paradigma pavloviano de condicionamento do medo para estudar associação entre o cronotipo e as respostas de medo em humanos.

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Como os submovimentos são coordenados?

No âmbito do projeto de investigação 246/20 - The hidden rhythm of interpersonal (sub-)movement coordination, apoiado pela Fundação BIAL, a equipa de investigação liderada Alice Tomassini estudou a coordenação de submovimentos a nível individual e diádico. Os participantes realizaram uma série de tarefas bimanuais em coordenação com um parceiro (tarefa diádica) ou sozinhos (tarefa individual) e, neste último caso, com ou sem feedback visual. Os dados, apresentados no artigo The microstructure of intra- and interpersonal coordination, publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B, demonstrou que existem estruturas coordenativas distintas ao nível dos submovimentos em função das propriedades do feedback. Especificamente, o tempo relativo dos submovimentos (entre parceiros/efetores) mudou da alternância para a simultaneidade e uma mistura de ambos quando a coordenação foi alcançada usando a visão (interpessoal), a propriocepção apenas (intrapessoal, sem feedback visual) ou todas as fontes de informação ( intrapessoal, com feedback visual), respetivamente.

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Pode o cérebro atuar como um filtro inibitório das capacidades psíquicas?

O modelo neurobiológico de Morris Freedman sugere que os lobos frontais do cérebro atuam como um filtro para inibir as capacidades psíquicas (ex.: telepatia, clarividência, precognição, interação mente-matéria, etc.) e implica que os humanos possam ter capacidades psíquicas inatas que são suprimidas por esse filtro. Para testar este modelo, a equipa do projeto de investigação 210/18 - Mind-matter Interactions and the Frontal Lobes of the Brain, apoiado pela Fundação BIAL, utilizou a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) para induzir lesões cerebrais reversíveis na região frontal medial esquerda em participantes saudáveis. Os dados confirmaram a hipótese inicial, ou seja, participantes saudáveis com lesões reversíveis induzidas por EMTr afetando a região frontal média esquerda do cérebro mostraram efeitos superiores numa tarefa de interação mente-matéria em comparação com participantes saudáveis sem lesões induzidas por EMTr. Estes resultados apoiam a premissa de que o cérebro serve como um filtro para bloquear os efeitos psíquicos e podem ajudar a explicar porque é que estes efeitos são tão pequenos e difíceis de replicar em participantes saudáveis. Para saber mais sobre o estudo, leia o artigo Enhanced mind-matter interactions following rTMS induced frontal lobe inhibition, publicado na revista científica Cortex.

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Podem as sensações de contacto com um falecido ajudar no processo de luto?

Em todas as sociedades, é provável que 30 a 34% dos indivíduos experimentem pelo menos uma comunicação pós-morte (em inglês, after-death communication ou ADC) durante a sua vida. A ADC é definida como um fenômeno espontâneo no qual um indivíduo vivo tem a sensação de contacto direto com uma pessoa falecida. Uma ADC pode manifestar-se de diversas formas, tais como sentir a presença da pessoa falecida através do olfato, da visão, da audição ou até do toque; experiências simbólicas (tocar uma música no rádio, flores desabrochando fora da estação, etc.); experiências eletrónicas (receber um telefonema, um “gosto” no Facebook ou um e-mail do falecido, anomalias informáticas, etc.); visitas ou mensagens em sonhos. As ADCs ocorrem em diferentes culturas, raças, idade, estatuto socioeconómico, nível de escolaridade, género e crenças religiosas. No âmbito do projeto 169/20 - Investigation of the Phenomenology and Impact of Spontaneous and Direct After-Death Communications (ADCs), apoiado pela Fundação BIAL, a equipa de investigação explorou o impacto das ADCs no luto, envolvendo 70 indivíduos que vivenciaram ADCs com parceiros ou cônjuges falecidos. A maioria considerou as ADCs reconfortantes (81%) e úteis no seu luto (84%). Para 49% dos participantes, as ADCs pareceram facilitar a aceitação da perda e 42% confirmaram uma recuperação mais célere devido à ADC. As implicações destes resultados são discutidas no artigo Description and impact of encounters with deceased partners or spouses publicados na revista científica OMEGA - Journal of Death and Dying.

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